Advogado da Associação Comunidade Waimiri Atroari, Harilson Araújo afirmou ontem que ainda espera por uma resposta a pedido de compensação pela obra. "Apresentamos uma proposta de compensação à Transnorte Energia, mas ainda não tivermos nenhuma confirmação sobre nada. Nosso plano básico ambiental mostra 37 impactos à terra indígena, dos quais 27 são irreversíveis e terão de ser devidamente indenizados e mitigados. Alguns se esgotam, outros são para sempre", disse.
Ele não mencionou um valor financeiro necessário para suportar as condicionantes indígenas. Em 2019, quando o assunto ainda estava longe de uma decisão, a Transnorte Energia chegou a apresentar um conjunto de propostas que custariam, no total, R$ 49,6 milhões à empresa a preços da época. Perguntado se o pleito atual seria de um valor aproximado, Araújo disse que está "muito acima disso", sem mencionar mais detalhes.
Raul Ferreira, diretor técnico da Transnorte Energia, também não deu detalhes sobre o que foi decidido sobre a demanda dos indígenas. "Vamos assumir aquilo que já tínhamos sinalizado antes. O que passar disso será com o governo federal."
Procurados, Ibama e Funai não se manifestaram. O Ministério de Minas e Energia declarou que, "após aprovação, as obras devem durar cerca de 36 meses".
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>