Cidades

Advogado pago pela Câmara é flagrado atirando cadeira durante audiência do aterro

Os atos de vandalismo proporcionados por grupos políticos ligados a vereadores, candidatos e deputado do PT, durante a audiência pública realizada pelo Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente), para discutir a ampliação de um aterro sanitário na região do Cabuçu, deixaram um rastro de destruição no interior do salão do Internacional Eventos, no último dia 30/08. Em um dos vídeos, aparece o advogado Marcelo Santos Cruz atirando uma cadeira contra o palco onde estavam as autoridades, durante o quebra-quebra. Ligado à vereadora petista Genilda Bernardes, ele é assessor parlamentar de comunicação da Câmara e recebe R$ 4.220,47 de salário por mês dos cofres públicos.
 
CONFIRA VÍDEO:

 
Na imagem, Marcelo Santos arremessa uma cadeira ao palco, quando estava logo atrás do ex-prefeito Elói Pietá, candidato a deputado federal pelo PT, que estava no local e também aparece batendo em um tapume que dividia os espaços no salão de eventos. A mulher de Elói, a vereadora Janete Pietá é outra que aparece em vídeos. Em um deles, ela tenta pegar à força o microfone para falar fora da ordem de sua inscrição.
 
Outros parlamentares petistas foram flagrados promovendo a baderna. O vereador José Luiz esmurra um biombo do metal, o mesmo que é derrubado pelos grupos contrários à audiência momentos depois. Já o deputado estadual Alencar Santana, também do PT, é visto pegando o microfone sem fio destinado à fala dos inscritos. Ele retira a bateria do equipamento e o esconde no bolso direito da calça. Somente depois que a audiência é encerrada por falta de segurança, o parlamentar, que também é candidato a deputado federal, ressurge em meio à comemoração daqueles que promoveram o vandalismo e devolve o microfone.
 
Os vídeos, que foram disponibilizados pela organização do evento ao Consema, deverão ser utilizados em ações contra os responsáveis pelos atos de depredação durante a audiência. 
 
Preso
O vice-presidente do Conselho da APA Cabuçu, o biólogo Ericson Silva Ferreira, acabou sendo o único preso durante a depredação. Ele foi levado ao 2º DP, onde foi registrado boletim de ocorrência. Apesar de negar seu envolvimento nos atos de vandalismo, Ericson é visto em diversas cenas gravadas, seja insultando outras pessoas ou mesmo tentando invadir a área das autoridades. Numa das cenas, ele tenta saltar o gradil e é contido pelos seguranças. Segundo os guardas civis que o prenderam, Ericson estava quebrando mesas e cadeiras.
 

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