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Advogado se apresenta como testemunha de 1º menor apreendido por morte de médico

O advogado e membro da comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Rodrigo Mondego, que participou por um dia da defesa do segundo adolescente, de 15 anos, apreendido no caso do médico Jaime Gold, de 56, disse que vai se apresentar como testemunha de defesa do primeiro jovem apreendido, de 16.

Inocentado pelos outros dois jovens suspeitos do caso, o adolescente não confessou participação no crime à Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, e nem à Justiça.

“Vou me colocar como testemunha da defesa do primeiro menor detido. Como acompanhei o depoimento e os abusos que ocorreram no depoimento, eu me coloquei para ajudar a elucidar o caso”, disse Mondego, referindo-se ao depoimento do seu então cliente.

De acordo com o advogado, no dia da apreensão, não foi garantido ao jovem o direito à ampla defesa. Mesmo se entregando, ele foi levado sozinho em um carro da Polícia Civil até a delegacia. Segundo Mondego, lá, o menor também não pode ser acompanhado pela defesa antes de prestar depoimento.

“Na delegacia, eu pedi o direito à orientação prévia do depoimento, orientar o que ele deveria falar. Isso é um direito do menor. Ao questionar isso, a delegada (Patrícia Aguiar) ameaçou me expulsar.”

O advogado contou que foi um depoimento “corrido”, mas até onde ele sabe, sem violência. À Justiça, por sua vez, o adolescente teria dito que incriminou o primeiro menor apreendido após ser ameaçado por policiais. Questionado por Mondego se havia falado a verdade sobre a participação do primeiro jovem, seu então cliente disse, de maneira “tímida”, “é verdade, é verdade”.

Os três meninos participaram de audiência na Vara da Infância e da Juventude nesta segunda-feira, 8. Na ocasião, o adolescente de 15 anos inocentou o primeiro adolescente apreendido dois dias após o caso.

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