O advogado do deputado federal Vander Loubet (PT-MS) e o do ex-ministro Pedro Paulo Leoni (Assuntos Estratégicos / Collor) informaram que não vão se pronunciar até terem acesso ao conteúdo da denúncia oferecida nesta sexta-feira, 18, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois foram denunciados por envolvimento no esquema investigado pela Operação Lava Jato.
O advogado Paulo Quesado, que representa Loubet e a esposa, Roseli Cruz, também denunciada pela PGR, informou que ainda não teve acesso ao processo, que é sigiloso. Ele afirmou que foi pego de surpresa ao saber do pedido contra o casal.
A defesa de Leoni foi informada pela reportagem da denúncia e também disse que, como não tem conhecimento do conteúdo do pedido, não irá se pronunciar a respeito. Os outros dois investigados, os advogados Ademar Chagas da Cruz e Fabiane Karina Miranda Avanci, não foram encontrados.
Todos os cinco são acusados pela prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Segundo as investigações, o grupo recebeu R$ 1,028 milhão de forma ilícita entre 2012 e 2014.
A organização criminosa teria atuado, segundo os investigadores, no esquema do senador Fernando Collor (PTB-AL) junto à BR Distribuidora. A denúncia foi protocolada em um dos 38 inquéritos da Lava Jato que tramitam na Corte e encaminhada ao gabinete do ministro Teori Zavascki, relator dos casos relativos ao esquema de corrupção na Petrobras.
O eventual recebimento da denúncia depende do aval da 2ª Turma do Tribunal e só deve ser analisado após fevereiro, quando a Corte retoma os trabalhos após o recesso do Judiciário. O teor da denúncia ainda está sigiloso no STF.