O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) defenderam nesta terça-feira, 28, que o PSDB feche questão em relação ao texto da reforma da Previdência, ainda sem data para ser votado na Câmara. O senador, inclusive, disse que discutiu a possibilidade com colegas de bancada no Senado.
“É algo que não é unânime no partido, não é consensual, mas é algo coerente com o que sempre defendemos”, afirmou Aécio. “Quando nós decidimos participar do governo Temer apresentamos um conjunto de propostas que estavam condicionadas ao nosso apoio. Grande parte delas foi aprovada.”
Em reunião na semana passada para discutir a questão, porém, o partido não chegou a um consenso. Quando um partido fecha questão, o líder da bancada orienta o voto contra ou a favor uma matéria e os deputados devem seguir a determinação, podendo ser punidos em caso de descumprimento.
“Na minha opinião devemos sim fechar questão. É um dos temas que definem a identidade política do PSDB. Precisamos cada vez mais afirmar nossa identidade política”, disse Aloysio. Questionado sobre críticas do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), de que a proposta apresentada pelo governo mantém privilégios, Aloysio afirmou ser preciso aprovar “o que der”. “Idade mínima ele (Tasso) disse que era uma coisa chocha, mas eu acho que é fundamental”, disse Aloysio.
O presidente interino do partido, Alberto Goldman, porém, disse que ainda é cedo para que o PSDB se posicione, pois ainda não há certeza sobre qual proposta será votada. “Não sabemos qual é o texto que vem ao plenário. Quando soubermos, daí vamos nos reunir e tomar uma decisão em relação a isso”, disse.