Durante sua passagem por Salvador, neste sábado, o senador e candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, evitou criticar diretamente sua adversária Marina Silva, alçada à cabeça de chapa do PSB, em razão do acidente aéreo que vitimou o ex-governador Eduardo Campos. Contudo, fez uma referência indireta à suposta falta de experiência da presidenciável pessebista. “Tenho enorme respeito pela Marina, mas temos (sua coligação) um conjunto de projetos que é o melhor. Ninguém tem o time qualificado que nós temos hoje”, disse o senador, em entrevista realizada depois do ato político que lançou o Plano Nordeste Forte.
Em discurso realizado no evento em Salvador, o presidenciável tucano prometeu que, se eleito, continuará com o programa Bolsa Família. “Vamos transformá-lo em um programa de superação efetiva da pobreza”, prometeu, dizendo que pretende dobrar, também, os recursos federais para o programa de transporte escolar no Brasil. “A parcela da União no Fundeb será duplicada nessa região. Em dez anos, o IDEB do Nordeste vai se igualar com o das demais regiões do Brasil”, ressaltou.
Aécio lançou hoje o Plano Nordeste Forte, com a finalidade de buscar soluções de desenvolvimento econômico sustentável, reduzir desigualdades e promover a integração regional a partir de suas próprias vocações e potencialidades.
Em 44 ações, o programa é dividido em sete eixos: Infraestrutura e Competitividade; Semiárido; Combate à Pobreza; Qualidade de Vida; Segurança Pública; Educação, Ciência e Tecnologia; e Juventude. De acordo com o tucano, o Nordeste Forte ressalta a necessidade de planejamento para todas as ações desenvolvidas – em curto, médio e longo prazo – o aumento de recursos destinados para a região, além de seu desenvolvimento econômico.
Segundo o tucano, o Nordeste Forte não é um plano acabado. “Longe disso”, reconheceu em seu discurso. Segundo o senador, o projeto aponta “linhas gerais” para a região. Aécio voltou a criticar a omissão do governo federal na área da segurança pública, classificando-a de “criminosa”. E voltou a promoter cortar pela metade o atual número de ministérios.