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Aécio volta a criticar governo por uso político da Copa

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira, 16, que a presidente Dilma Rousseff (PT) tentou surfar “no sucesso da seleção” brasileira de futebol durante a Copa do Mundo. “Vi uma tentativa desesperada do governo tirar proveito do evento”, afirmou. Segundo ele, depois, com a derrota história de 7 x 1 para a Alemanha, a presidente tentou descolar sua imagem da seleção.

Questionado, em sabatina promovida na capital paulista pelo jornal Folha de S.Paulo, sobre sua ida aos estádios sem avisar a imprensa, Aécio afirmou que foi como torcedor, não como candidato. Ele minimizou também as relações que têm com dirigentes como o atual presidente da CBF, José Maria Marin, e o ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira. “Tenho boas relações com muita gente.”

O candidato voltou a criticar a eventual interferência do governo no futebol brasileiro, argumentando que é preciso ter uma lei de responsabilidade para o esporte, “mas não intervenção estatal”. “Se ela (Dilma) criasse a Futebras, seria a 14ª empresa criada na gestão do PT”, ironizou.

Estatização

Aécio afirmou que, se vencer as eleições, vai “reestatizar as empresas que foram usadas pelo governo petista de forma espúria”, citando a Petrobras, e entregá-las a quem “pertencem de direito, que é o povo brasileiro”.

Disse também que sua marca será a previsibilidade, as regras claras. As pessoas “saberão o que irá acontecer com os preços” e administrará o País “sem viés ideológico”. Acrescentou ainda que vai estudar o atual modelo de concessão para definir o que fazer no setor, com participação da sociedade.

Campanha

Como parte das ações para engajar militantes de todo o Brasil em sua campanha, o candidato tucano vai participar de um jantar “motivacional” com a bancada de deputados federais na noite de hoje, em Brasília.

O evento está sendo organizado pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), e tem como objetivo convencer os parlamentares da importância de realizar a propaganda casada, programar visitas aos Estados e se reaproximar dos colegas de Legislativo.

Por enquanto, o encontro reunirá apenas tucanos. Mas o coordenador nacional da campanha, senador José Agripino (DEM-RN), deve fazer uma breve fala. (colaborou Débora Bergamasco)

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