De acordo com estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFERJ), o Aeroporto Internacional de Guarulhos, é um dos que não tem infraestrutura suficiente para atender o aumento da demanda durante a Copa do Mundo, em 2014. O levantamento aponta que as obras previstas não irão alterar o quadro caótico.
Elton Fernandes, autor do estudo e professor de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirma que já no ano passado, o aeroporto operava acima da capacidade, recebendo seis aeronaves a mais do que a capacidade definida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). A situação teria reflexos em outros aeroportos do País, com o atraso de vôos.
O estudo aponta agravo da situação nos próximos sete anos, quando a demanda deve dobrar. O pesquisador avalia a situação até as Olimpíadas, em 2016, e concluiu que a maior parte dos terminais de passageiros, incluindo o de Guarulhos, já está com sua capacidade esgotada e que as obras de ampliação previstas pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não mudarão esse quadro.
Obras postergadas – Este mês, como já noticiado pelo HOJE, o início das obras da pista de maiôs extensão foi postergado pela Infraero, após reunião com empresas aéreas, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Decea. O loby das companhias prevaleceu, já que a pista de 3,7 mil metros teria de ser reduzida para 2,5 mil metros para que as obras fossem realizadas.
Demanda independe de eventos
Para Fernandes, a situação independe da demanda adicional provocada pela Copa do Mundo, uma vez que os aeroportos já estarão operando no limite antes do evento. Dos 16 aeroportos das doze cidades do País que receberão os jogos da Copa do Mundo, apenas os de Brasília, Fortaleza, Manaus e do Galeão, no Rio de Janeiro, são considerados preparados.
Ainda segundo o estudo, a demanda total de passageiros será maior que a prevista pela Infraero no planejamento das obras de expansão. A estimativa é que o número anual de passageiros salte dos 127,72 milhões registrados em 2010 para 187,48 milhões em 2014. (DA)
