Política

Aeroportos privados funcionam

Artigo do deputado federal Carlos Roberto (PSDB-SP)

Inaugurado na década de 80, o Aeroporto Internacional de Guarulhos passou quase três décadas nas mãos do governo federal, por meio da Infraero, a empresa estatal que administrava os principais aeroportos de todo o Brasil. Com a falta de investimentos e operação ineficientes, já que era tinha uma administração política e não técnica, o maior aeroporto da América latina chegou ao final dos anos 2000 completamente deteriorado, quase um reflexo da má gestão pública.

Quase que por obrigação, já que a incompetência falou mais alto, o governo federal passou o Aeroporto de Guarulhos à iniciativa privada, por meio de um contrato de concessão por 30 anos, a partir de novembro de 2012. Passado apenas um ano sob nova direção, o Aeroporto já tem novos ares, não só pelas incessantes obras em torno do Terminal 3 que, na verdade, é um novo aeroporto dentro do atual, mas pela rápida modernização nos serviços de atendimento, que incluem agilidade na recepção e despacho de passageiros e bagagens.

A mão eficiente da iniciativa privada também pode ser vista na construção do Terminal 3, uma obra gigantesca que irá aumentar a capacidade atual de 30 milhões de passageiros por ano para 42 milhões já em 2014, contribuindo para a chegada de turistas que virão ao Brasil para a Copa. Com certeza, nas mãos da administração ineficiente do PT, que faz mal feito e gasta muito, o país não conseguiria atender o aumento da demanda por conta do mais importante torneio de futebol do mundo.

Em novembro, finalmente, os aeroportos de Confins, em Minas Gerais, e Galeão, no Rio de Janeiro, foram privatizados. Porém, nestes dois, mais uma vez, a presidente Dilma tenta tirar proveito eleitoral como se fosse um grande feito ter conseguido realizar as concessões neste momento, esquecendo-se que as obras necessárias para a Copa do Mundo, nos dois casos, foram bancadas pelo poder público. Ou seja, as novas concessionárias já pegarão os aeroportos com boa parte das reformas necessárias já concluídas, bem diferente de Guarulhos, onde os novos administradores bancaram as obras.

Enfim, por mais que o PT tenha demorado a se render à necessária modernização nas relações de administração de bens públicos, as concessões dos aeroportos demonstram que a inovação é fundamental. O Aeroporto de Guarulhos é o exemplo concreto de como uma gestão eficiente pode, em um curto espaço de tempo, transformar a ineficiência em sucesso. 

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