Economia

AES Eletropaulo prevê receita maior no 2º semestre

Após registrar expansão de apenas 2,6% na receita líquida do segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2013, para R$ 2,202 bilhões, a AES Eletropaulo deve apresentar resultado mais robusto na segunda metade do ano. A projeção foi feita nesta quinta-feira, 07, pelo diretor vice-presidente e de Relações com Investidores da Eletropaulo, Gustavo Pimenta. “Teremos no segundo semestre um maior volume de venda no mercado spot”, afirmou o executivo em teleconferência com analistas e investidores.

A AES Eletropaulo encerrou o segundo trimestre com nível de contratação de energia equivalente a 95,9% da carga cativa, número que subirá para 103,6% no segundo semestre. Ou seja, a companhia terá mais disponibilidade de carga para impulsionar a receita na segunda metade do ano.

Além da expectativa de maior receita, o nível de caixa da Eletropaulo deve ser impactado positivamente por um reescalonamento de vencimentos associados à Fundação Cesp, com o prolongamento de prazos. De modo efetivo, destaca Pimenta, a medida libera recursos no curto prazo.

Emissão

Outra opção em estudo pela companhia é a emissão de dívida de longo prazo, para honrar compromissos de médio e longo prazos. Os vencimentos de curto prazo devem ser honrados graças ao aumento da receita esperada no segundo trimestre.

“Provavelmente teremos uma emissão mais longa e mais estruturada para alongar o caixa”, disse Pimenta. O executivo não revelou detalhes do planejamento da AES Eletropaulo, mas salientou que a oferta deve ser feita, possivelmente, entre o final deste ano e o início de 2015.

Questionado por um analista sobre as condições de custo dessa emissão, Pimenta afirmou que a companhia ainda não consultou o mercado a respeito da contração de uma dívida mais longa. Ele disse estar ciente, porém, de que as condições de contração de nova dívida por parte do setor energético não estão favoráveis.

“Hoje o custo de dívida aumentou para o setor, mas há uma série de questões que podem acontecer, como o funding novo que pode ajudar a compor caixa e reduzir o risco”, disse Pimenta, em referência ao socorro bancário às distribuidoras de energia que deverá ser oficializado.

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