Para defender a cobrança do quilo de bagagem, a Anac expôs nesta terça-feira, 13, uma série de dados sobre o crescimento do setor a partir de 2002, quando as regras de atuação foram flexibilizadas. Segundo dados da agência, em 2001 a taxa de ocupação das aeronaves em voos domésticos era de 51%, índice que saltou para 80% em 2015.
As tarifas com preço de até R$ 300 chegavam a apenas 10% do total oferecido pelas aéreas, número que saltou para 57% no ano passado. As passagens de até R$ 100, que não existiam em 2002, representaram 11,4% dos bilhetes vendidos em 2015.
O crescimento do setor fez com que a aviação representasse 65% das viagens interestaduais no Brasil no ano passado, ante 35% do transporte rodoviário. Hoje o Brasil já detém o sétimo maior mercado de aviação do mundo em quantidade de passageiros. Entre 2002 e 2015, o número de pessoas que viajaram por ano saltou de 38 milhões para 118 milhões de passageiros. Apesar desse histórico, nos últimos dois anos o setor tem sofrido com a queda de demanda decorrente da crise econômica. A demanda por voos domésticos, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), registrou queda de 5,09% em outubro, em relação ao mesmo mês de 2015. Foi o 15.º mês consecutivo de retração.
De janeiro a outubro, a demanda por voos no País acumula redução de 6,19% em comparação com 2015. A ocupação dos aviões está em 79,93%, com piora de 0,18 ponto porcentual em relação aos dez primeiros meses de 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.