A Comissão Anticorrupção da Malásia, uma agência independente do país, disse que irá pedir revisão das investigações para monitorar as operações, após o procurador-geral da Malásia, Apandi Ali, inocentar o primeiro-ministro, Najib Razak, de qualquer responsabilidade penal em relação à entrada de US$ 700 milhões em sua conta privada.
De acordo com críticos da decisão, é improvável que o dinheiro tenha vindo através de uma doação. Em julho de 2015, Razak se viu envolvido num escândalo de corrupção, sendo acusado de ter desviado dinheiro do fundo de investimento público 1Malaysia Development Berhard (1MDB), no qual ele é presidente.
O procurador-geral concluiu que o dinheiro veio de um donativo pessoal da família real da Arábia Saudita e que não foi detectado nas investigações o recebimento de algum “incentivo ou recompensa por ter feito algo relacionado com o seu cargo de primeiro-ministro”. Os promotores disseram que US$ 61 milhões de US$ 681 milhões transferidos em março de 2013 foram devolvido aos sauditas cinco meses depois e que os sauditas não pediram nada em troca do presente.
“A gestão da Comissão Anticorrupção da Malásia decidiu colocar adiante a análise da decisão do procurador-geral e considera uma revisão”, disse a agência em um comunicado.
A agência posteriormente disse que tinha feito recomendações semelhantes em outros casos e que a sua recomendação de rever a decisão do procurador-geral sobre o caso envolvendo Najib “não deve ser interpretada como uma rejeição da decisão do Procurador-Geral.”
O fundo 1Malaysia Desenvolvimento Berhard foi criado em 2009 por Najib com o intuito de promover o desenvolvimento econômico. O fundo de bilhões tem lutado com o pagamento de bilhões de dívidas.
Najib nunca respondeu as perguntas sobre a transferência. Ele negou qualquer irregularidade ou s obtenção de dinheiro para benefício pessoal. Fonte: Dow Jones Newswires.