Ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, seu provável candidato ao governo de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro esteve nesta quinta, 24, em São José do Rio Preto, no interior paulista, onde liderou uma motociata, caminhou entre apoiadores e defendeu seu governo. Durante a visita, que teve clima de campanha, o presidente evitou a imprensa. Em seu discurso, criticou governadores e as gestões petistas, sem citar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de votos.
"Quero que vocês voltem a 2018 e pensem que, se aquela facada tivesse sido fatal, quem estaria no meu lugar? Como estaria o nosso Brasil, não apenas na questão da economia, mas de um bem maior, muito mais valioso do que a nossa própria vida, que é nossa liberdade?", discursou.
O presidente participou da inauguração da obra de duplicação de um trecho da rodovia Transbrasiliana (BR-153), que corta a área urbana de Rio Preto, mas seu discurso ignorou o motivo de sua ida à cidade, deixando de dar qualquer detalhe sobre a obra inaugurada.
Bolsonaro chegou ao local do evento na carroceria de uma caminhonete, à frente de uma motociata com centenas de participantes, acompanhado por Tarcísio. Durante 12 minutos, caminhou em meio aos apoiadores, distribuindo abraços, apertos de mão e posando para selfies. Em coro, Bolsonaro era chamado de "mito" e Tarcísio, de "governador".
Criticado por sua postura durante a pandemia de covid-19, Bolsonaro defendeu as ações do seu governo e atacou governadores. "Quase todos os governadores obrigaram o povo a ficar em casa e não pensaram nas consequências."
<b>Prefeito</b>
O governador de São Paulo, João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência, não compareceu às agendas do presidente – o governo paulista tem acusado o Palácio do Planalto de sabotar o Estado. Bolsonaro encerrou sua visita na capital, onde participou da solenidade de inauguração de dois reservatórios de água de macrodrenagem do Córrego Ipiranga que terão a finalidade de conter inundações.
Ele e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) trocaram elogios durante a solenidade. "Muito obrigado, presidente, pelo seu olhar de sensibilidade com a cidade de São Paulo", disse Nunes, que mencionou o acordo sobre o Aeroporto do Campo de Marte. O acerto extingue a dívida municipal com a União em troca da cessão do local.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>