Estadão

Agência da ONU endossa plano do Japão de liberar água radioativa tratada no Oceano Pacífico

A agência nuclear da Organizações das Nações Unidas (ONU) endossou nesta terça-feira, o plano do Japão de lançar no Oceano Pacífico águas residuais radioativas tratadas da usina nuclear de Fukushima, danificada em 2011 por um terremoto e tsunami. Para a ONU, o plano atende aos padrões internacionais e seu impacto ambiental à saúde seria insignificante.

Coreia do Sul, China e algumas nações das ilhas do Pacífico contestam o plano, argumentando preocupações de segurança e razões políticas. As organizações pesqueiras locais temem que sua reputação seja prejudicada, mesmo que sua pesca não esteja contaminada.

O relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reconhece que a descarga de resíduos nucleares "levantou preocupações sociais, políticas e ambientais, associadas aos aspectos radiológicos". No entanto, concluiu que o lançamento de água conforme planejado atualmente "terá um impacto radiológico insignificante nas pessoas e no meio ambiente".

A agência ainda defende que a diluição de águas residuais tratadas, mas ainda levemente radioativas, para liberação gradual no mar é amplamente usada em outros países, incluindo China, Coreia do Sul, Estados Unidos e França.

O Japão buscou o apoio da AIEA para ganhar credibilidade para o plano. Especialistas da agência da ONU e de 11 nações fizeram visitas ao Japão desde o início de 2022 para examinar os preparativos do governo e da operadora da usina, a Tokyo Electric Power Company Holdings.

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