A Agência de Energia Atômica (AIEA) das Organizações das Nações Unidas (ONU) está correndo para evitar que a guerra entre Rússia e Ucrânia coloque em perigo a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, localizada na Ucrânia, à medida que os combates nas proximidades se intensificam.
Cada lado acusa o outro de bombardear através do rio Dnipro, que separa a fábrica de uma costa ucraniana. Ambos os países negam ter feito isso.
Na semana passada, uma equipe de inspetores de segurança nuclear das Nações Unidas teve de se abrigar dentro das instalações. Duas vezes neste mês, as minas terrestres russas que cercam a fábrica para evitar um ataque explodiram. As tropas russas na cidade vizinha de Enerhodar invadem apartamentos e vasculham ruas, buscando evidências de uma rede de insurgência que, segundo suspeitas russas, detectaria alvos para as tropas ucranianas que se escondem nas proximidades.
Nos telhados de vários reatores, as forças russas construíram posições de combate a sacos de areia, as primeiras indicações de que Moscou planeja usar os reatores nucleares como posições defensivas, disse o Ministério da Defesa britânico.
Desde setembro, a agência atômica da ONU procura realizar um acordo entre as duas nações em guerra para não posicionar equipamentos militares pesados na fábrica ou disparar artilharias. Essas negociações têm sido um dos principais esforços diplomáticos para desescalar a guerra e um teste para negociações mais amplas em torno do conflito.
Um funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse que Washington está preocupado. "A Rússia está jogando um jogo muito perigoso com a apreensão militar da usina nuclear da Ucrânia", disse. Fonte: Dow Jones Newswires