Atividades relacionadas à agropecuária, como a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, responderam por 97,4% do consumo total de água no Brasil em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira (7), as Contas Econômicas 2013-2017 Ambientais da Água. O restante do consumo ficou com a indústria de transformação e construção (1,0%) e água e esgoto (0,8%), informou o instituto.
O consumo total (água utilizada menos o volume que retorna para o meio ambiente) foi de 329,8 trilhões de litros em 2017, o que significa que, para cada R$ 1 de valor adicionado bruto na economia foram gastos aproximadamente 6,3 litros dágua.
No total do País, foram retirados do meio ambiente (tanto para atendimento próprio quanto a captação para fins de distribuição) aproximadamente 3,7 quatrilhões de litros de água. A maior retirada é feita pelas usinas hidrelétricas, com 83% do total, mas o volume de água captado por essa atividade é "quase todo" devolvido ao meio ambiente na "mesma quantidade e qualidade", segundo o IBGE.
Olhando apenas para o consumo domiciliar, o uso per capita de água pelas famílias foi de 116 litros por dia na média nacional de 2017. Só que há grande desigualdade no consumo. Enquanto no Sudeste o consumo familiar per capita foi de 143 litros por dia, no Nordeste, ficou em 83 litros diários.
Com relação ao uso de água para fins de distribuição, a região com a maior participação foi o Sudeste (45%), seguido do Nordeste (29%), Sul (14%), Centro-Oeste (6%) e Norte (6%). Do ponto de vista econômico, a atividade "água e esgoto" respondeu a 0,6% do valor adicionado bruto total da economia. O valor da produção de água de distribuição e serviços de esgoto foi R$ 56,5 bilhões em 2017, sendo a água de distribuição responsável por 65,9% desse total, informou o IBGE.