A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que inclua na prioridade da vacinação contra covid os agentes das forças de segurança do País. A medida é feita na esteira do anúncio do governador de São Paulo e adversário político do Planalto, João Doria (PSDB), de que policiais federais começariam a ser vacinados a partir de 5 de abril.
Na peça, a AGU encaminha ofícios do Ministério da Justiça, Ministério da Saúde e de governadores de outros Estados apontando a necessidade de vacinação prioritária a policiais. A demanda é que o grupo seja atendido na mesma fase da vacinação destinada a presos e servidores do sistema carcerário.
"Tendo em vista as convincente razões lançadas nessas manifestações, e tendo em conta o fato de a questão estar amplamente judicializada na presente sede, postula-se seja considerada a possibilidade de deferimento a esse segmento funcional de ordem de priorização paritária com a de outros profissionais atuantes na linha de frente do atendimento à sociedade, na mesma ordem de prioridade dos trabalhadores de saúde, ou, subsidiariamente, da população privada de liberdade e dos funcionários do sistema de privação de liberdade", apontou o advogado-geral José Levi Mello do Amaral Júnior.
Na quarta, 24, Doria anunciou que São Paulo começaria a vacinar profissionais da segurança pública a partir de 5 de abril. Os policiais compõem parcela de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e a priorização da vacina aos servidores é um trunfo político do governador sobre o Planalto.
Cerca de 180 mil profissionais devem ser imunizados, incluindo agentes ativos da Polícia Militar, Cívil, Científica e da escolta penitenciária, além dos efetivos de todas as guardas civis e metropolitanas. Doria também anunciou que iria incluir policiais federais que atuam no Estado na prioridade da vacinação.