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Água despejada na rua em obra de hotel causa indignação na região central

Apesar da crise hídrica que assola o Estado de São Paulo, ainda é possível encontrar locais em que o desperdício de água predomina. É o caso das obras de uma rede hoteleira da cidade, que estaria jogando na rua a água que sairia de uma mina, encontrada durantes as escavações do subsolo. O fato despertou a indignação de populares na região central. No entanto, o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) afirmou, via telefone, que somente é responsável pelo fornecimento de água potável e do tratamento da rede de esgoto.
 
Veja o vídeo:
Guarulhosweb TV

 

 
A reportagem do GuarulhosWeb apurou que, nos últimos dias, fiscais do Saae visitaram a obra, que está localizada na rua Diogo Farias, e constatou que a água é proveniente de uma mina. Neste caso, a autarquia não trata este caso como desperdício, mas a sensação para a população é contraria ao que legalmente justificou a empresa responsável pelo abastecimento do município.
 
Uma fonte, que preferiu não revelar sua identidade, revelou que para economizar financeiramente a utilização da água, a direção da rede hoteleira investiu seus esforços para a construção desta mina que tem a profundidade de três subsolos. Entretanto, para que esta água seja utilizada para o consumo humano é necessário a realização de diversos testes que comprovem a sua qualidade, o que ainda não ocorreu. Por isso, ela é jogada na rua.   
 
"A água tem que ser analisada se é potável ou não, mas é uma água limpa e muito provavelmente deve servir pra lavar ou regar, principalmente pra economizar, até porque do jeito que está e mesmo que não estivesse passando por essa crise, eu nunca desperdiçaria água naquele nível", lamentou. 
 
De acordo com moradores e comerciantes da região, que preferiram não se identificar, mesmo não sendo constatada a ilegalidade no uso da água, eles sugeriram o reaproveitamento dela em atividades cotidianas que atualmente estão comprometidas pelo abastecimento irregular realizado atualmente. Eles também disseram que os horários com maior fluxo de água jorrando são entre 9h e 11h e a partir das 20h.
 
"Eu me revoltei ao me deparar com aquela situação todos os dias. É um descaso total. Caso fosse proprietário do prédio e estivesse consumindo, eu muito provavelmente estaria aproveitando para lavar as paredes, o chão, descarga e para o uso básico", disse um morador. As obras estão em andamento a quase 12 meses. 
 
O GuarulhosWeb procurou os responsáveis pela obra e também a Prefeitura, Ambos ficaram de se manifestar até esta quinta-feira. 
 

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