Estadão

Aguirre não se assusta com pressão no Santos: Estou acostumado a dirigir times grandes

O Santos apresentou nesta quarta-feira o técnico Diego Aguirre, que chega com a dura missão de livrar o clube do rebaixamento. Ele assume a função de Paulo Turra, que não conseguiu engatar uma sequência de resultados positivos em sua passagem. Ao lado do vice-presidente José Carlos de Oliveira, o treinador disse não se assustar com o momento ruim da equipe, nem com a pressão causada por tal cenário.

"Eu sei que é um momento de dificuldade, mas estou acostumado a dirigir times grandes, sob pressão. Essa é uma situação de dificuldade que eu sinto que vamos recuperar. Tenho muita confiança. Do tamanho do Santos, não tive nenhuma dúvida de aceitar a proposta. Eu falei hoje para o presidente e para os jogadores: para mim é um orgulho. Eu me sinto com muita responsabilidade, porque quero ajudar ao máximo com minha comissão e as pessoas que trabalham no clube", disse Aguirre.

Aguirre já esteve com o elenco nesta quarta-feira e comandou a sua primeira atividade no CT Rei Pelé. Ele encontra um Santos na 17ª posição, dentro da zona de rebaixamento, com 18 pontos, mesma pontuação do Bahia, em 16º.

"A primeira coisa que penso é transmitir calma e confiança. É um momento de dificuldade. Temos de estar todos juntos, unidos e acreditar. É verdade que é um momento difícil, mas estamos perto dos times. Precisamos de uma vitória e tudo voltará à normalidade. Não podemos ficar nervosos demais. Falei bastante com os jogadores sobre confiança, de acreditar. Acho que temos bons jogadores, um bom elenco. Temos de entregar o nosso máximo para que as coisas aconteçam", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de o Santos trazer reforços, Aguirre despistou: "Você sabe que só podemos trazer jogadores livres. A janela fechou. O Santos contratou quatro ou cinco jogadores importantes e agora poderia vir algum reforço, mas tem que ser alguma situação especial. Não descarto, mas vamos seguir trabalhando dia a dia para ver se existe essa possibilidade ou não".

Ele também traçou os objetivos da equipe neste primeiro momento. "O primeiro objetivo é pensar no jogo de domingo. Esse é o primeiro objetivo. Depois, vamos ter mais tempo para coisas táticas e de funcionamento. Mas tenho muito pouco tempo e o primeiro objetivo é o jogo de domingo. Ainda não temos um time definido. Por sorte, ainda tenho dois ou três dias de trabalho para decidir quem joga esse jogo. A primeira das 20 finais. Vamos com um time seguramente muito competitivo".

Ele também comentou sobre a volta de Soteldo, afastado por indisciplina com Paulo Turra e reintegrado assim que o treinador deixou o clube. Aguirre afirmou que conta com o atleta, mas que dependerá dele a entrada entre os titulares.

"Não fui eu que pedi para reintegrar, mas é um jogador importante, que pode ajudar. Vamos ver o que ele mostra nos treinos, nos jogos e se ele tem um rendimento bom, aí possivelmente vai estar no time. São coisas que teremos que decidir, mas depende dele, não de mim. Se estiver comprometido, treinar bem, sabemos que é um jogador que tem qualidade para ajudar muito", disse.

Aguirre também pediu pela permanência de Marcos Leonardo, que tem uma proposta da Roma e já insinuou o desejo de atuar no futebol italiano. "É uma situação que temos de ter muito cuidado. Eu entendo a situação do jogador. Tem uma possibilidade muito boa para ele, sua família. Mas também temos de entender a necessidade e o momento do Santos. Eu preciso muito dele. A gente precisa muito dele. Eu gostaria muito que ficasse comigo. Compreendo a situação do jogador. Vou tentar ajudar ao máximo para ele fazer 20 gols e ser vendido por 30 milhões".

O treinador uruguaio deve fazer sua estreia no comando do Santos no domingo, quando enfrentará o Fortaleza, às 18h30, na Arena Castelão, pela 19ª rodada do Brasileirão.

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