A Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) anunciou nesta quinta-feira o afastamento de 36 árbitros e juízes laterais que trabalharam nos Jogos Olímpicos do Rio. Eles, que não tiveram seus nomes revelados, estão sendo investigados pela suspeita de manipulação de resultados.
De acordo com a Aiba, esses 36 oficiais, que atuaram em cima do ringue e também julgando os combates, estão inelegíveis para participar dos eventos que a entidade organiza. Até o fim do ano, só está programado o Mundial da Juventude, em St. Petersburg, na Rússia. O próximo Mundial adulto deve acontecer só em 2018.
No Rio-2016, o boxe olímpico estreou um novo formato de disputa, semelhante ao profissional, ainda que com menos rounds – três de três minutos no masculino, quatro de dois minutos no feminino. Agora, os vencedores são definidos por avaliação dos juízes, que dão notas de 8 a 10 aos lutadores a cada round, e não mais por número de socos acertados na face.
Alguns resultados contestáveis colocaram em dúvida a integridade da Aiba, dos árbitros e do próprio sistema de pontos. Rússia e Usbequistão, dois dos líderes dos casos recentes de doping, seriam beneficiados por um suposto esquema.
De forma surpreendente, o Usbequistão ganhou três medalhas de ouro – mesmo número de Cuba – e sete no total, liderando o quadro de medalhas da modalidade. O Brasil faturou um ouro só, com Robson Conceição, que venceu todas as suas lutas de forma incontestável.