A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que seus inspetores haviam encontrado vestígios de material nuclear quase puro o suficiente para a produção de armas nas instalações subterrâneas de Fordow, no Irã, mas disse que Teerã continua a produzir urânio enriquecido a 60% no local.
Em um relatório confidencial enviado aos Estados membros e visto pelo <i>The Wall Street Journal</i>, a agência afirmou que coletou amostras que continham partículas altamente enriquecidas a até 83,7% durante uma verificação em Fordow em 22 de janeiro. A AIEA falou que o Irã alegou em uma carta que isso teria sido resultado de "flutuações não intencionais nos níveis de enriquecimento".
Uma eventual produção deliberada de material para armas pelo Irã poderia gerar uma crise nas atividades nucleares do país. Diplomatas europeus disseram que esse seria um gatilho para agirem para acabar formalmente com o acordo nuclear de 2015. Autoridades ocidentais também afirmam que a situação poderia estimular Israel a realizar um ataque militar ao programa nuclear iraniano. As autoridades israelenses não falam publicamente sobre os seus planos.