Os juros futuros encerraram a sessão regular desta sexta-feira, 28, em queda em quase toda a curva, com exceção daqueles que vencem depois de 2021, que mostraram viés de alta. As taxas curtas e intermediárias estiveram em baixa desde a parte da manhã, enquanto o vencimento para janeiro de 2021, após operar perto da estabilidade, passou a cair à tarde, na medida em que o dólar acelerava a queda para as mínimas do dia.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (256.060 contratos) caiu de 8,280% no ajuste de ontem para 8,265%. A taxa do contrato DI para janeiro de 2019 (229.045 contratos) fechou em 8,09%, de 8,14% no último ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2021 (142.825 contratos) terminou em 9,32%, de 9,35%.
Além de acompanhar o recuo do dólar, que à tarde migrou para o patamar de R$ 3,13, o mercado de juros continuou repercutindo mensagem do Comitê de Política Monetária (Copom) no comunicado da Quarta-feira (25) e também o ambiente externo, onde os rendimentos dos Treasuries hoje estão em baixa. “O bom humor prossegue, coma taxa da T-note de dez anos cedendo e o dólar fraco. O mercado continua retirando prêmio, confiante de que o BC tem chance buscar 7% para a Selic”, disse o gestor da AQ3 Asset, Fernando Aldabalde.
Perto das 16h30 desta sexta, o dólar à vista estava mínima de R$ 3,1338 (-0,60%), acelerando as perdas depois que o presidente do Federal Reserve (Fed) de Minneapolis, Neel Kashkari (com direito a voto nas reuniões de política monetária), disse que é contra aumentar os juros nos EUA até que a inflação esteja mais perto de 2%.
A declaração também contribui para a queda do rendimento dos Treasuries, além do fato de o PIB dos EUA no segundo trimestre, na primeira estimativa, ter mostrado alta anualizada (+2,6%) pouco abaixo do consenso das expectativas (+2,7%). A taxa da a T-Note recuava para 2,288%, após ter se situado nesta quinta-feira acima dos 2,30%.