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Ajudar prefeitos motivou voto dos deputados

A relação de deputados com os prefeitos foi preponderante no apoio dado à aprovação na Câmara na terça-feira, 24, do projeto que obriga a União a assinar em 30 dias os aditivos contratuais com mudança no indexador da dívida de Estados e municípios.

Dos 391 votos, 389 foram favoráveis à aprovação do projeto, inclusive os 53 do PT. Dois deputados, Ronaldo Lessa (PDT-AL) e Nelson Marquezelli (PTB-SP), se abstiveram. Ninguém votou contra.

Parlamentares disseram ter levado em conta a necessidade de seus prefeitos. Segundo um petista, os deputados do partido votaram para ajudar, principalmente, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Todos os partidos orientaram seus membros a votar “sim”. A liderança do governo liberou o voto. “Liberei porque a base estava dividida”, disse o líder José Guimarães (PT-CE). Ao ser lembrado de que todos os petistas votaram pela aprovação do projeto, disse ter sido pego de surpresa. “A matéria entrou de surpresa. Nem no plenário estávamos. A votação de uma matéria como esta deveria obedecer a todos os trâmites”, lamentou o deputado.

Paes

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi ao Rio na noite de anteontem para conversar com o prefeito Eduardo Paes (PMDB) sobre a ação judicial da prefeitura contra a União, na residência oficial do prefeito. O petista deixou o local sem que Paes mudasse seu posicionamento em relação ao novo indexador das dívidas de Estados e municípios. A prefeitura carioca foi a primeira a ingressar com ação para pedir o cumprimento da lei sobre o indexador. A Justiça concedeu liminar que permite a redução da cobrança. Com isso, o saldo devedor do Rio passa de R$ 6,2 bilhões para R$ 1,2 bilhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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