Nasser Al-Attiyah, da Toyota, conquistou neste domingo a vitória na etapa de abertura da edição de 2022 do Rally Dakar, enquanto que a Audi enfrentou um dia desastroso na Arábia Saudita. Para a primeira metade da etapa de 333km em Ha il, o catariano ficou sob forte pressão dos três rivais da marca alemã, com o francês Stephane Peterhansel, o líder entre eles, a apenas seis segundos após os primeiros 120km.
No entanto, o ímpeto da montadora começou a se desfazer no caminho para o próximo ponto de referência, com o francês 14 vezes campeão do Rally Dakar sendo o primeiro piloto a sair do evento após sofrer graves danos ao seu RS Q e-tron em um acidente. Com o eixo traseiro quebrado e a suspensão traseira esquerda sofrendo um grande golpe, Peterhansel esperou por mais de quatro horas a chegada de caminhões de assistência para consertar os estragos.
No entanto, os problemas da Audi não terminaram aí, já que o espanhol Carlos Sainz logo perdeu mais de duas horas em busca de um posto de controle complicado perto do final da etapa, tendo já ficado seis minutos atrás dos líderes com problemas no meio do dia.
Com Mattias Ekstrom também para trás no terceiro carro da marca conforme a etapa se aproximava de sua conclusão, Al-Attiyah foi capaz de estender a sua vantagem à frente, eventualmente conquistando a vitória com uma margem tranquila de 12min44s. Os problemas da Audi também permitiram que a lenda do rali, o francês Sebastien Loeb, saltasse para a segunda posição na classificação geral.
Carlos Sainz classificou-se provisoriamente na 32.ª posição, tendo terminado a etapa 2 horas e 7 minutos atrás do vencedor Al-Attiyah.
MOTOS – Após o rápido trecho contabilizado no prólogo, o Dakar tomou as areias da cidade de Hail para a primeira especial clássica neste domingo. Mas o resultado nas motos foi o mesmo: vitória de Daniel Sanders. O piloto da GasGas terminou o percurso em 3h43min10s e fechou o fim de semana na dianteira.
"Muito difícil de navegar, choveu muito ontem (sábado) à noite e complicou para encontrar as trilhas certas. No fim das contas, um monte de gente se perdeu e, por sorte, ficamos no caminho. Foi um bom final. Não forcei muito no começo, o ritmo ficou certo e, no fim das contas, fizemos o máximo possível", falou Sanders após a vitória.
O fato de ter chovido bastante na noite saudita do sábado e com mais previsão para os próximos dias, apesar de ser no meio do deserto, fez com que a organização abandonasse a regra da maratona para os próximos dois dias. Sem ela, os pilotos poderão contar com assistência das equipes se for necessário.
Honda e KTM, vencedoras de todas as edições das motos no Rally Dakar desde a virada do milênio, ficaram logo atrás. O chileno Pablo Quintanilla, com a marca japonesa, terminou com 2min07s de desvantagem; e o austríaco Matthias Walkner, pela KTM, ficou com defasagem um pouco maior: 8min31s.
Sanders também está na frente na classificação geral, com 4h38min40s totais. Quintanilla, Walkner, Van Beveren, Klein, Sunderland, Santolino, De Soultrait, Branch e Howes fecham o grupo dos 10 mais rápidos. Petrucci e Benavides são 13.º e 14.º.