Política

Alan Neto afirma que rescisão de contratos não tem fundamento

No centro das atenções após o presidente da Câmara, Eduardo Soltur (PV), anunciar uma varredura nos contratos em vigor na Casa e o cancelamento de alguns por irregularidades,

o vereador e ex-gestor do Legislativo Alan Neto (PSC) se diz decepcionado com a postura da nova diretoria. "Estão fazendo tempestade em copo dágua", atacou.

Alan Neto rebateu os argumentos apresentados pelo atual presidente para o cancelamento dos contratos com as empresas Ticket Serviços, por meio da qual os parlamentares recebiam cartão combustível, Cotrans Locadora de Veículos e, mais recentemente, com a TV Destaque, responsável pelas transmissões das sessões.

Segundo o parlamentar, as justificativas de que a renovação contratual com a Ticket foi feita no dia em que a Câmara não teve expediente (31 de dezembro) e de que havia conflitos na assinatura do outorgado são frágeis.

"Aquela era a data da renovação. Não poderia ter assinado em outro dia. Quanto ao nome do outorgado, se estava errado, poderiam ter chamado a empresa e solicitado correção. Não precisava de tanto alarde, principalmente por se tratar de um serviço excelente e necessário para a Casa", explicou. "O mesmo ocorreu com a locadora. Poderiam ter resolvido a situação da troca dos carros de forma amigável, aceitando outro carro, enquanto a empresa adquiria o modelo contratado", acrescentou.

O vereador descaracterizou ainda o argumento usado por Soltur, de que a renovação contratual com a TV Destaque, no dia 18 de dezembro de 2010, teria sido feita sem levar em consideração a ausência de documentos, como Certidão Negativa de Débitos, exigida pela legislação vigente. "Eu assinei a renovação com ressalva de que a diretoria da TV deveria apresentar no prazo de dez dias os documentos que faltavam para que o instrumento fosse publicado no Diário Oficial e tivesse validade. Essa informação ele (Soltur) omitiu da imprensa né?", questionou.

De acordo com o parlamentar, Soltur está se precipitando e maculando sua imagem. Ele defendeu ainda que irregularidades devem ser comunicadas à polícia. "Se tem algo errado nos contratos deveriam chamar a polícia e não ficar lavando roupa suja na imprensa. Essa postura é de quem quer aparecer e não de quem quer ver as coisas em ordem", afirmou o vereador.



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