Estadão

Alcance sustentável e estável da meta ainda não é perceptível, diz presidente do BoJ

O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, disse nesta segunda-feira, 25, que a inflação no país parece ainda não estar alcançando a meta de inflação estipulada pela autoridade monetária, de 2%. "O alcance sustentável e estável da meta de inflação ainda não é perceptível", afirmou o presidente do BC japonês.

Na semana passada, o governo do Japão informou que a taxa anual de inflação do país ficou em 3,2%.

Também na semana passada, o BoJ anunciou suas decisões de política monetária. A autoridade manteve a taxa de depósito negativa em -0,1%.

A política de controle da curva de rendimentos (YCC), que estabelece que o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos possa oscilar entre -0,5% e 0,5%, também seguiu inalterada. O limite máximo dos rendimentos de 10 anos foi mantido em 1%, após o BoJ ter subido o teto de 0,5% para 1% em julho.

Ueda reiterou nesta segunda-feira o discurso adotado na entrevista coletiva após a decisão, dizendo novamente que o BoJ vai continuar "pacientemente" com a política de relaxamento monetário.

Segundo o presidente do BC japonês, o aumento do teto de 10 anos veio para "melhorar a estrutura de relaxamento". Ueda disse ainda que o "ciclo virtuoso" entre salários e preços está "gradualmente começando a funcionar".

O presidente da autoridade monetária japonesa também comentou sobre o câmbio, tema que vem sendo alvo de atenção do BoJ. "Estamos observando cuidadosamente os efeitos da queda do iene na economia e nos preços", afirmou.

Ueda disse também que vem comunicando o governo japonês sobre os movimentos do iene e atentou para a evolução das condições financeiras dos Estados Unidos, assunto que tem preocupado diferentes economias ao redor do mundo. "Precisamos observar os efeitos da condição financeira dos Estados Unidos no câmbio e em outros mercados", afirmou.

Sobre o cenário internacional, Ueda afirmou ainda que o BoJ está atento ao rumo da economia da China, que vem dando sinais de arrefecimento. "Estamos preocupados com a desaceleração no ritmo de recuperação da economia chinesa", disse.

<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>

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