O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu suspender um dos quatro lotes da nova fase do programa de concessões rodoviárias do Estado de São Paulo. A decisão foi confirmada nesta sexta-feira, 26, pela assessoria do Palácio dos Bandeirantes.
O lote B previa a concessão de 481 km de rodovias entre as regiões do Alto Ribeira, Sorocaba e Campinas, e estava na fase de audiências públicas, previstas no processo de licitação.
A decisão foi motivada pelos protestos de prefeitos e usuários contra a instalação de pedágios. Estavam previstas sete novas praças de pedágio nos trechos. Segundo a assessoria do governador, o processo de licitação dos outros três lotes, que somam 1.785 km de rodovias estaduais, será mantido.
No início desta semana, Alckmin foi lembrado pela imprensa de Sorocaba de que, em várias ocasiões, havia prometido duplicar a rodovia SP-264 sem cobrança de pedágio. A concessão previa a instalação de um pedágio no trecho que está em fase final de duplicação, entre Sorocaba e Salto de Pirapora.
Usuários da SP-79, entre Sorocaba e Itu, também reclamaram da instalação de um pedágio no trecho que corta áreas urbanas das duas cidades.
No lote suspenso, seriam duplicados 14 km da rodovia SP-324, na região de Campinas. Estava prevista também a pavimentação de 30 km da SP-250, entre São Miguel Arcanjo e Capão Bonito. A concessão incluía dois trechos de rodovias que o governo estadual já está duplicando.
Na SP-79, a duplicação de 23 km já custa R$ 130,8 milhões – as obras estão paradas há um ano por problemas nas desapropriações. Já na SP-264, a construção da segunda pista em 18 quilômetros será concluída em abril ao custo de R$ 118 milhões.