Uma sensação de alívio domina o cineasta brasileiro Alê Abreu na manhã desta segunda-feira, 29, em Los Angeles. Mesmo depois de perder o Oscar de animação para Divertida Mente, o diretor de O Menino e o Mundo sentia-se como se tivesse encerrado mais uma etapa. “Acho que o Oscar simbolizou o final de um ciclo. O Menino e eu precisamos agora de descanso”, afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo.
Desde que chegou a Los Angeles, no início de fevereiro, Alê participou de inúmeros eventos que promoveram o filme e também seu trabalho. Ao longo desse período, conquistou admiradores (como dos criadores de Divertida Mente) e também despertou interesse de produtores americanos e europeus, o que pode resultar na realização dos próximos projetos.
“Estou feliz por ter conseguido passar por tudo isso com relativa tranquilidade”, disse. “Talvez seja por causa da experiência que o próprio filme nos proporcionou, com tantos festivais e premiações. No Oscar, aconteceu o óbvio em relação a Divertida Mente, que tem seus méritos e se destaca na história da indústria da animação e da própria Pixar.”
De volta ao Brasil, Alê Abreu vai se concentrar finalmente em seu próximo projeto, Viajantes do Bosque Encantado, que fará referência aos conflitos no Oriente Médio. Ele prepara também Imortais, no qual vai trabalhar ao lado de Luiz Bolognesi e Laís Bodanzky, casal que também trata a animação com respeito.