Protestos contra corte de árvores em florestas alemãs para a construção de uma estrada aumentaram de escalada. Manifestantes tentam impedir que mais áreas sejam desmatadas e a polícia do país vem enfrentando dificuldades para conter o movimento, conforme revela a imprensa europeia.
As ações dos ativistas já ocorrem há um ano, quando o projeto começou a sair do papel, mas foram intensificadas nas últimas semanas. Nesta terça-feira, 17, a conservação do meio ambiente foi um assunto tratado pelos líderes durante a cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro prometeu apresentar a lista de países que compram madeira ilegal da Amazônia, afirmando que serão encontradas nações que criticam o governo doméstico sobre a conservação das florestas nacionais.
Para construir a rodovia A49 na Alemanha, foram cortadas árvores nas Florestas Herrenwald e Maubacher. Na semana passada, a polícia teve dificuldades em conter uma nova manifestação, enquanto trabalhadores derrubavam árvores na Floresta Dannenröder Wald. Os oficiais foram colocados na entrada da floresta, que tem 300 anos e está localizada dentro de uma reserva de água potável.
"O ataque à Floresta Dannenrod mostra mais uma vez que a política está falhando fundamentalmente no que diz respeito à questão climática. Por isso, nos vemos obrigados a defender essa floresta com nossos corpos contra essa destruição colossal e contra os planos desatualizados de construção da rodovia A49", disse Nia, da ocupação florestal, como relataram vários veículos de imprensa.
De acordo com a polícia, há cerca de 400 barricadas nas rotas florestais, que estão parcialmente habitados por ativistas. Além disso, há também construções como "tripés", sobre as quais se apoiam os manifestantes para dificultar o despejo. A retirada dessas estruturas é avaliada como complicada, pois pode representar perigo para as pessoas que lá estão.