A Alemanha criará uma "reserva" de emergência com material distribuído por todo seu território, incluindo máscaras, respiradores, roupas de proteção e medicamentos, para enfrentar futuras crises de saúde.
O governo de Angela Merkel vai mobilizar 1 bilhão em 2021 (em torno de US$ 1,195 bilhão) para constituir esta "reserva", que lhe serviria para enfrentar os primeiros meses de uma crise sanitária.
Equipamentos de proteção, máscaras, medicamentos, ou respiradores serão armazenados em 19 locais em toda Alemanha, anunciou o ministro da Saúde, Jens Spahn, nesta segunda-feira, 30, após um conselho de ministros dedicado à pandemia covid-19.
Essa reserva permitirá que a Alemanha esteja coberta durante o primeiro mês, em caso de uma nova pandemia, e garantir o fornecimento de novo material por parte dos fabricantes locais durante os cinco meses seguintes.
"É algo caro de manter, mas, em caso de crise, é mais barato e, sobretudo, mais eficaz", justificou o ministro, ao confirmar que está em curso a coordenação em nível europeu a este respeito.
Esta "reserva nacional de emergência" estará pronta em 2023.
Considerada um bom exemplo de gestão da pandemia, a Alemanha tem 1 milhão de casos de contágio por covid-19. Em março, também teve de lidar com a falta de material, principalmente máscaras.
Antes da reunião do conselho de ministros, Merkel repudiou os planos de alguns governos regionais de deixar hotéis abrirem para estadias familiares durante o Natal, alertando que isso ameaça agravar a disparada de casos de coronavírus que assola o país.
Os níveis diários de infecção aumentaram na comparação com o mesmo período da semana passada, apesar do lockdown parcial adotado em novembro e desde então prorrogado e endurecido na tentativa de controlar a disseminação do vírus.
Na semana passada, Merkel e premiês estaduais concordaram em permitir um relaxamento parcial do lockdown para que as famílias realizem comemorações natalinas discretas.
Mas em uma videoconferência com a cúpula da liderança de seu partido conservador realizada nesta segunda-feira, Merkel disse que não entende os planos de alguns Estados do norte e do oeste, onde a epidemia é menos grave, para permitir que os hotéis abram para que parentes afastados se reúnam.
Apesar dos comentários de Merkel, líderes regionais têm a palavra final sobre o que acontece em seus Estados, conforme a estrutura federal alemã. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)