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Alemanha pode entrar em campo com 6 mudanças na escalação contra o Brasil

A Alemanha vai a campo contra o Brasil com até seis substituições em comparação ao jogo contra a Espanha, na semana passada, e escalará até mesmo um goleiro diferente em cada um dos tempos da partida. Numa coletiva de imprensa nesta segunda-feira, na véspera do amistoso diante da seleção de Tite em Berlim, o treinador Joaquim Löw deixou claro que vai usar a partida para realizar testes. Mas alertou que o Brasil hoje não é o mesmo de 2014.

Ter Stegen, Hector, Draxler, Müller e Ozil devem ficar de fora do time no amistoso que começa às 15h45 (de Brasília) desta terça-feira, em Berlim. Khedira ainda é dúvida por questões físicas e o treinador apontou que “não vai correr nenhum risco”.

Mesmo com um time alternativo, Löw quer testar seu novo sistema: o de colocar muita pressão sobre o adversário nos 15 primeiros minutos de jogo. “Se conseguirmos fazer isso, vai ser difícil o adversário controlar nosso time”, afirmou.

Löw, apesar das modificações, destaca o trabalho da seleção brasileira e insiste que o 7 a 1 aplicado na Copa do Mundo “já ficou para trás”. “Em três anos, o Brasil se desenvolveu e voltou aos pontos fortes deles. São mais robustos no meio de campo”, disse. “Será uma partida importante para avaliar em que posição estamos e o que precisamos mudar para a Copa”, disse, lamentando a ausência de Neymar, que se recupera de uma cirurgia no pé direito.

Löw, há 12 anos no comando da Alemanha, elogiou Tite que, segundo ele, implementou uma “nova mentalidade” no time brasileiro, com mais concentração e com jogadores “extremamente disciplinados”. “Ele diz que o 7 a 1 não pode mais ocorrer no futebol”, disse. “Todos precisam saber sua posição”, afirmou. “O Brasil está mais estável e isso foi o trabalho do treinador”, apontou o alemão, dizendo que não precisa dar conselhos ao brasileiro.

Durante a coletiva de imprensa, o treinador alemão foi bombardeado por perguntas de jornalistas brasileiros sobre o resultado da semifinal de 2014. Mas fez questão de colocar o resultado em perspectiva. “Para mim, os 7 a 1 é mais importante para o povo que para nós. Foi só um passo para ganhar a Copa. No dia seguinte já tiramos isso da cabeça e estávamos 100% concentrados na final. Claro que deu para ver que o Brasil não estava bem”, disse.

Para ele, não se pode comparar o amistoso desta terça-feira ao duelo que as duas seleções travaram na Copa de 2014. “Esse assunto não é tão importante. Claro que no Brasil falam disso, perder em casa por 7 a 1 é outra reação. Talvez tenham sentimento de uma pequena revanche. Mas não vai dar. Era a semifinal da copa. Não dá para voltar”, disse.

Para ele, os jogadores brasileiros não devem entrar traumatizados com a Copa. “Eles vão entrar motivados para ganhar”, disse. Ele também destacou como o Brasil fez um movimento em direção à ideia de “equipe”.

“Se ficarmos no passado, o Brasil seria sempre campeão. Em termos individuais, não tem igual. Mas eles tem de se adaptar. Em três anos, o Brasil fez uma equipe e não apenas tem estrelas. Coutinho e Neymar estão dentro da filosofia da equipe”, destacou.

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