Estadão

Alemanha rejeita boicote à energia russa e diz que sanções devem ser toleráveis

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, rejeitou mais uma vez os pedidos para boicotar o fornecimento de energia pela Rússia após o ataque à Ucrânia. Nesta terça-feira, o líder disse que as sanções a Moscou já estão atingindo a economia alemã e "isso só ficará mais dramático a cada dia".

Scholz afirmou que as sanções foram projetadas para serem "toleráveis" para aqueles que as impõem, inclusive no longo prazo. "É por isso que a posição da Alemanha sobre essa questão de um boicote à energia permanece inalterada".

O chanceler acrescentou que outros países da Europa são ainda mais dependentes do petróleo, carvão e gás russos do que a Alemanha e que ninguém deve ficar desamparado. Scholz disse que a Alemanha está trabalhando para diversificar seu fornecimento de energia e que, embora isso leve tempo, eventualmente terá o mesmo efeito de um boicote.

Os países europeus pagam à Rússia centenas de milhões de dólares por dia por combustíveis fósseis. Autoridades ucranianas dizem que esse comércio efetivamente financia a guerra da Rússia contra seu país.

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