O deputado federal e candidato à Prefeitura de Guarulhos pelo PT, Alencar Santana, afirmou nesta sexta-feira (16), em entrevista ao GWeb, que quer que a Polícia Federal investigue o candidato a vereador do PL, Kléber Ribeiro, o Klébinho, pela suposta ameaça armada que sofreu na última segunda-feira (12), durante evento para anunciar sua vice.
Segundo Alencar, ele e o vereador Edmilson Souza (PSOL) foram abordados por Kléber e outro homem enquanto saiam de uma loja de conveniências nas proximidades do Colégio Eniac, no Centro. Após discussão, os parlamentares afirmaram que o rapaz que acompanhava o candidato do PL apontou uma arma em direção às suas cabeças.
“Eu espero que ele mostre o vídeo inteiro que gravou, pois ele fez um vídeo recortado. Mas nós identificamos essa pessoa que estava com ele e nós queremos pedir as câmeras do entorno. Tomara que a Polícia Civil e a Polícia Federal vá atrás. Essa imagem é muito clara e muito nítida”, afirmou Alencar.
O petista também teceu críticas ao candidato a prefeito pelo PL, Lucas Sanches, durante debate realizado na Associação Comercial e Empresarial (ACE) nesta sexta. “Se você sabe quem é esta outra pessoa que tirou uma arma de fogo contra mim e contra o vereador Edmilson nos diga. São do PL”.
Em nota ao GWeb, a campanha de Lucas Sanches afirmou que não tem nenhuma ligação com o fato mencionado “reafirmando que é, peremptoriamente, contra qualquer tipo de violência. Caso as acusações sejam comprovadas, solicitará que o PL adote as medidas cabíveis”, disseram.
Alencar e Edmilson denunciam suposta ameaça armada em Guarulhos FOTO: Reprodução/Redes Sociais Alencar Santana
Outro lado
O GWeb também ouviu Klebinho, em entrevista por telefone na quarta-feira (14). O candidato do PL nega as acusações dos parlamentares e afirma que foi alvo de uma tentativa de homicídio. “Eu estava com meu amigo e fomos tomar café. Por coincidência do destino, eu vi o Edmilson e o Alencar, e ele me imputou o crime de nazismo. Por ele ser um pessoa pública, eu vi, comecei a filmar, indagar e fazer perguntas”, contou.
Segundo Kléber, enquanto falava com Alencar, o vereador do PSOL enviava mensagens para alguém em seu celular. “E aí eu falei: Edmilson, você está ligando para os seus capangas vir me bater?”, disse o candidato do PL. Edmilson teria dito que sim, na versão de Kléber.
“Eu fui acompanhando, eu tenho todo o material. Eu fui chamado de terrorista, nazista, estuprador e agressor de mulher. Eu não sei da onde tiraram essas informações. Eu nunca fiz isso”, afirmou Kléber, que completou dizendo que ambos os parlamentares têm histórico de agressões.
Klebinho contou que, em determinado momento, Edmilsou se exaltou e bateu em seu celular. O trecho também foi confirmado ao GWeb pelo vereador do PT Marcelo Seminaldo. Nessa hora, Kléber afirma que teria levado uma “rasteira”.
“Ele e o Alencar me agrediram e juntou uma gangue deles. Aí vieram mais de 15 caras pra cima de mim, pra me linchar, e o meu segurança, que estava comigo, tem direito a legítima defesa”, afirmou.
Apesar de dizer isso, Kléber negou o envolvimento de armas. “Não aconteceu. Eu corri mais de quatro quarteirões. Eu estou todo quebrado”, contou.
Kléber Ribeiro, candidato a vereador pelo PL, via redes sociais
Segundo Klebinho, Alencar e Edmilson afirmaram que foram direto para a delegacia após o episódio envolvendo a suposta ameaça armada, mas o candidato do PL nega, dizendo que, na verdade, os parlamentares voltaram para o evento. “Como que alguém está ameaçado de vida, sai de lá e vai para o evento, ficar duas horas em um palco político?”, completou.
Alencar e Edmilson registraram Boletim de Ocorrência (B.O) no 1º DP de Guarulhos. Kléber contou que precisou viajar para Brasília no dia seguinte, e por esse motivo, ainda não havia registrado nenhum B.O.
