Mais um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) repudiou neste domingo (03) as agressões sofridas por jornalistas durante manifestação pró-Bolsonaro em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que o episódio deve ser repudiado "pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito".
"As agressões contra jornalistas devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito, não podendo ser toleradas pelas Instituições e pela Sociedade", disse Moraes em postagem no Twitter. Foi Moraes quem suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro. A decisão se seu após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro sair do governo e acusar Bolsonaro de interferir politicamente na corporação.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro agrediram com chutes, murros e empurrões a equipe de profissionais do <b>Estadão/Broadcast</b> que acompanhava a manifestação pró-governo realizada em Brasília, e que tinha entre os alvos de crítica o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ministros do STF.
Mais cedo, a ministra Cármen Lúcia afirmou que "quem transgride e ofende a liberdade de imprensa, ofende a Constituição, a democracia e a cidadania brasileira". Segundo Cármen Lúcia, isso "significa atuar de maneira inconstitucional".
Já o ministro Gilmar Mendes disse que "a agressão a jornalistas é uma agressão à liberdade de expressão e uma agressão à própria democracia". "Isso tem que ficar claro", completou Mendes. Ele e Cármen participam de transmissão ao vivo pela internet promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
Logo após os ataques, o ministro Luís Roberto Barroso foi ao Twitter defender o jornalismo profissional como forma de combater o "ódio, a mentira e a intolerância". "Dia da liberdade de imprensa. Mais que nunca precisamos de jornalismo profissional de qualidade, com informações devidamente checadas, em busca da verdade possível, ainda que plural. Assim se combate o ódio, a mentira e a intolerância", postou Barroso no início da tarde em uma rede social.