Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizaram suas redes sociais para reconhecer a vitória no 2º turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defender suas posições de oposição ao futuro chefe do Executivo. Para 2023, o Partido Liberal (PL) de Bolsonaro irá contar com a maior bancada do Senado em 2023, ocupando 14 das 81 cadeiras. Na Câmara dos Deputados, a sigla detém de 99 das 513 cadeiras, sendo também a maior bancada da Casa.
Enquanto isso, Bolsonaro segue em silêncio sobre a derrota no 2º turno. Até as 15h desta segunda-feira, 31, o presidente não havia se pronunciado em público ou em suas redes sociais. Os filhos do chefe do Executivo, conhecidos por serem ativo nas redes sociais, também permanecem em silêncio até o momento.
A ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro e senadora eleita Tereza Cristina defendeu que, em uma democracia, prevalece a escolha da maioria. "Numa democracia, nem sempre a nossa escolha prevalece nas urnas. O resultado das eleições de hoje nos ensina a perseverar e a respeitar as diferenças", disse. Tereza será senadora pelo Mato Grosso do Sul a partir de 2023.
O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles defendeu que o momento em que o País vive necessita "serenidade". "O resultado da eleição mais polarizada da história do Brasil traz muitas reflexões e a necessidade de buscar caminhos de pacificação de um País literalmente dividido ao meio", disse.
A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP) reconheceu a vitória do ex-presidente Lula fazendo uma promessa: "E lhes PROMETO, serei a maior oposição que Lula jamais imaginou ter", disse.
O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL) também publicou um vídeo em que se reafirma como oposição do ex-presidente no Congresso Nacional. "O trabalho continua e eles saberão o que é oposição. Bolsonaro deixou aí vários soldados e eu sou apenas mais um", disse. Nikolas foi o candidato a deputado federal mais votado nas eleições 2022, com quase 1,5 milhão de votos.
Assim como Carla e Nikolas, o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro assumiu uma posição de oposição no Congresso ao reconhecer vitória do ex-presidente Lula. "Vamos trabalhar pela união dos que querem o bem do País", disse.
A ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos) afirmou que o presidente deixará a Presidência de "cabeça erguida". Bolsonaro foi o primeiro chefe do Executivo na história do Brasil que não conseguiu se reeleger.