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Alianças no Amazonas reúnem adversários nacionais

As alianças feitas às pressas para a campanha suplementar em Manaus reuniram no mesmo palanque antigos adversários de partidos que, em alguns casos, são antagônicos no cenário nacional.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgilio (PSDB), aliou-se com o ex-governador Amazonino Mendes, seu rival histórico na política local que, agora, é candidato pelo PDT com apoio do DEM. No plano federal, seja no Congresso ou nas articulações para as eleições presidenciais de 2018, o PDT está no campo oposto ao do PSDB e do DEM.

“Eu disse com clareza para o Amazonino, de quem sempre fui adversário, que nosso compromisso foi para 2017, e não entra em 2018. Apoiamos um candidato que não tem pretensões de se reeleger”, disse Virgilio. O tucano desconversou, no entanto, sobre a possibilidade de disputar o governo estadual no ano que vem. “Não penso em ser candidato.”

O ex-governador Eduardo Braga, do PMDB, tem como vice Marcelo Ramos (PR), que em campanhas passadas fez críticas a ele. Adversário do PMDB em Brasília, o PC do B está no palanque de Braga agora. Já o PT, aliado histórico dos PC do B, lançou uma chapa pura encabeçada por José Ricardo.

“Aqui os sinais são muito trocados. Essa é uma característica da política do Amazonas”, disse a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM). “Nosso acordo com Braga passou pela oposição às reformas do governo Michel Temer”, afirmou a senadora sobre a aliança.

No PMDB, Braga faz parte da mesma ala do senador Renan Calheiros (AL), que faz oposição ao Planalto. O fato de Braga ser do PMDB foi explorado pelo PT na campanha eleitoral na TV, o que levou o peemedebista a ganhar direito de resposta.

“O PT saiu sozinho porque não conseguiu fazer coligação com um espectro mais à esquerda”, disse o sociólogo Luiz Fernando Souza, da Universidade Federal do Amazonas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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