A inflação sentida pela população idosa desacelerou o ritmo de alta de 2,30% no segundo trimestre para 0,69% no terceiro trimestre, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma alta de 5,15% em 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 4,64% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.
Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação, que passou de alta de 2,50% no segundo trimestre para uma queda de 1,57% no terceiro trimestre, com destaque para o item hortaliças e legumes, que saiu de 12,31% para -31,93% no período.
Os demais decréscimos ocorreram nos grupos Habitação (de 3,08% para 1,74%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,55% para 1,20%), Transportes (de 2,39% para 0,73%) e Vestuário (de 1,05% para -0,55%).
Os itens de destaque foram tarifa de eletricidade residencial (de 13,97% para 5,27%), medicamentos em geral (de 3,17% para 0,47%), gasolina (de 7,83% para 1,79%) e roupas (de 1,26% para -1,01%).
Na direção oposta, houve aceleração nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de -0,98% para 2,21%), Comunicação (de 0,09% para 0,22%) e Despesas Diversas (de 0,35% para 0,66%), sob influência de itens como excursão e tour (de -4,29% para 7,40%), tarifa de telefone residencial (de -1,41% para 0,00%) e cigarros (de 0,01% para 2,63%).