Política

Almeida demora 14 anos para perfurar poços artesianos em Guarulhos

Atendida em sua maior parte pelo Sistema Alto Tietê, a região leste de Guarulhos, que integra bairros como Bonsucesso e Pimentas, sofre com o rodízio de abastecimento de água. Para amenizar o problema, o prefeito Sebastião Almeida (PT) pretende investir na construção de poços artesianos para aumentar o volume de água por produção própria. O bairro da Água Azul é o primeiro a receber esta iniciativa.
 
Em 2001, quando Almeida assumiu a presidência do Saae na primeira admionistração do ex-prefeito Elói Pietá, ele atacou a perfuração de poços artesianos em Guarulhos, prática que vinha sendo adotada pelo antecessor Jovino Cândido (PV) para amenizar os problemas de desabastecimento. Na época, ele garantia que o município não tinha interesse em perfurar mais poços e cessou a prática. 
 
Mas 14 anos depois, Almeida – em seu segundo mandato como prefeito – mudou o discurso e a prática. “Na Água Azul foram entregues cinco poços artesianos. Aquela é a primeira região da cidade que não dependerá mais do sistema Alto Tietê e nem do Cantareira. Ela passa a ter produção de água própria tanto para o Água Azul e uma parte do Bambi, que receberá uma parte excedente do Água Azul”, revelou o prefeito Sebastião Almeida (PT).
 
Atualmente Guaruhos produz apenas 13% do insumo necessário para abastecer cerca de 1,4 milhão de habitantes. Outros 87% são comprados da Sabesp. O município, que acumula dívida de aproximadamente R$ 2,3 bilhões, possui menos de 4 mil litros de água por segundo para distribuição entre seus habitantes. 
 
Para atenuar essa deficiência, a Preeitura, por intermédio de Almeida, apontou que uma das alternativas para driblar esse problema é o investimento na perfuração de poços em regiões de pouca distribuição de água. No entanto, ele não revelou os custos e tampouco o tempo de execução desta proposta. 
 
“A tendência é que a gente possa avançar nesta questão. A perfuração de poços artesianos pressupõe a realização antecipada de estudos pra verificar se vamos perfurar um poço em um local que não tenha água. Não podemos correr o risco de fazer o que fizeram no passado ao furar o poço a procura de petróleo que no final não tinha o petróleo. Vamos fazer onde tiver para abastecer melhor a cidade”, encerrou.
 

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