Cidades

Almeida despenca 1.129 posições em ranking de gestão

Em apenas um ano, entre 2010 e 2011, Guarulhos caiu da 45ª posição nacional no IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal) para o incômodo 1.174º lugar. Ou seja, a cidade foi ultrapassada por 1.129 municípios.

Os dados se referem ao mais recente estudo desenvolvido pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para avaliar a qualidade de gestão fiscal dos municípios brasileiros. O Índice Firjan 2013 (que se refere a números de 2011) sobre a administração do prefeito Sebastião Almeida (PT) é um desastre. É a pior colocação de Guarulhos desde 2006, quando o índice foi criado.

Trata-se de uma ferramenta de controle social que tem como objetivo estimular a cultura da responsabilidade administrativa, possibilitando maior aprimoramento da gestão fiscal dos municípios, bem como o aperfeiçoamento das decisões dos gestores públicos quanto à alocação dos recursos. O IFGF traz o debate sobre um tema de grande importância para o país: a forma como os tributos pagos pela sociedade são administrados pelas prefeituras. O índice é construído a partir dos resultados fiscais das próprias prefeituras – informações de declaração obrigatória e disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). 

Guarulhos chegou a ostentar o índice de 0,8267 no IGF 2012, referente a números de 2010. Era a 45ª melhor gestão fiscal do país e em 16ª no Estado de São Paulo. Desta vez, a queda demonstra uma piora assustadora na gestão da cidade. Guarulhos obteve índice 0,6482, figurando apenas na1.174ª cidade brasileira e 188ª paulistas. Os dados ficam mais estarrecedores quando se leva em consideração que Guarulhos hoje ocupa o 8º lugar no PIB nacional.

Os números ruins de Guarulhos podem ser explicados, a partir dos indicadores que formam o índice geral. Em receita própria, 0,8813; em gastos com pessoal, 0,6568; em investimentos, 0,6669; em liquidez, 0,386 e 0,7294 em custos da dívida.

O Sistema Firjan analisou 5.164 cidades do país, o que representa 96% da população. A maioria das cidades brasileiras não administra seus recursos de forma satisfatória. É o caso de 3.418 municípios, 66,2% do país, que foram avaliados em situação fiscal difícil ou crítica. Apenas 84 municípios do Brasil (1,6%) apresentam alto grau de eficiência na gestão fiscal. A região Sul sustenta o melhor desempenho, com 47,8% de seus municípios entre as 500 melhores gestões brasileiras, enquanto 72,2% dos 500 piores resultados pertencem ao Nordeste.
 

Em São Paulo, o IFGF analisou a situação fiscal de 629 dos 645 municípios, onde vivem 99,4% da população paulista. Os dados apontam que 305 municípios (48,5%) apresentam gestão fiscal excelente ou boa, enquanto 324 cidades (51,5%) foram avaliadas em situação fiscal difícil ou crítica.


Poá, na região metropolitana de São Paulo, figura no primeiro lugar no ranking nacional. Outros quatro municípios paulistas integram a lista dos dez melhores desempenhos do Brasil: Barueri (4°), Piracicaba (5°). Caraguatatuba (7°) e São Bernardo do Campo (10°). Entre os 500 melhores desempenhos do país, 92 cidades são de São Paulo

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