Política

Almeida ignora servidores e exige deliberação do RJU nesta quinta-feira

Quem pensa que toda a articulação e mobilização dos servidores municipais, que inclusive decretaram estado de greve, em assembleia realizada nesta terça-feira, irá inibir a ânsia do prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), em aprovar o projeto de lei que enviou para a Câmara com o novo Regime Jurídico Único (RJU), pode estar enganado. Diversas articulações realizadas nesta quarta-feira revelam que a ordem é fazer prevalecer a maioria da bancada governista na Casa e deliberar o projeto na sessão desta quinta-feira. 
 
O projeto de lei de Almeida, que não agregou sugestões apresentadas pelo funcionalismo municipal,  chegou à Casa de Leis no dia 23 deste mês, fato que incomodou alguns vereadores pelo pouco tempo para avaliação e consequente votação. “Todos os vereadores precisam ter calma e cautela, até para que não prejudique essa gama de funcionários. O meu posicionamento hoje é o de estar ao lado dos funcionários, mesmo sem ter conhecimento profundo sobre o projeto. Se os funcionários estão enxergando algo que os prejudique, eu penso que todas as partes terão de recuar e buscar um consenso”, declarou o vereador Tico Emerson (PTdoB). 
 
De acordo com informações apuradas pelo GuarulhosWeb, a pauta desta quinta-feira será esvaziada com a retirada de requerimentos e outros projetos elaborados por vereadores que compõe a base aliada de Almeida na Câmara, para que possam votar o PL do RJU, em caráter de urgência.
 
Entretanto, com a aprovação da deliberação do Projeto de Lei, o Governo Municipal aceita, de acordo com a fonte ligada ao prefeito, rediscutir a proposta com os servidores para rever possíveis pontos divergentes entre as partes para que ele seja votado pela Câmara e sancionado, ainda, neste ano pelo prefeito Sebastião Almeida.
 
Na noite desta terça-feira, 29, em assembleia realizada pelo Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública), ficou determinado que a partir da próxima segunda-feira, 05, estaria instaurada a greve no funcionalismo público. Contudo, esta ação poderá não acontecer, já que com a avaliação preliminar de forma positiva, as partes possam iniciar uma nova discussão nesta sexta-feira, 02, e encaminhar, assim, a sua aprovação.
 
Na assembleia, os servidores deixaram claro que só não entrariam em greve caso o projeto de lei fosse retirado pelo Executivo ou arquivado pela Câmara Municipall. Porém, a manobra de Almeida – que tem ampla maioria no Legislativo – pode frustrar o movimento desencadeado pelo funcionalismo público municipal 
 

Posso ajudar?