O prefeito Sebastião Almeida coordenou a mesa sobre Segurança Pública no último dia da Marcha Paulista em Defesa dos Municípios. Além de Almeida, também participaram o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, e o assessor da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Antonio Carlos Estracine.
Dentre os temas abordados, Almeida cobrou de Estracine maior diálogo com o governo do Estado nas questões relacionadas à pasta. O prefeito de Guarulhos lembrou que hoje as principais reivindicações se referem critério utilizado para a definição do número de policiais militares nas cidades.
"Antes diziam que o correto era termos um policial para cada 250 habitantes. Agora as coisas não funcionam mais assim. Os prefeitos gostariam de saber com clareza como é definido o número de policiais militares em cada município", destacou o prefeito.
Estracine afirmou que o efetivo de policiais é definido de acordo com as necessidades específicas de cada município, mas prometeu levar a cobrança dos prefeitos para uma definição melhor desses critérios.
"A polícia é apenas uma parte da Segurança Pública. Estamos fazendo uma reengenharia de nosso trabalho para atender a demanda das cidades. Ainda há muito a fazer nessa área", afirmou o representante do Estado.
"Municípios deixam de investir em questões próprias para cobrir deficiências do governo"
Além disso, Almeida enfatizou que hoje as Prefeituras contribuem com a Segurança Pública na cessão de funcionários, pagamento de aluguéis de prédios para a corporação, manutenção de veículos e até gasolina.
"Os municípios deixam de investir na pavimentação de ruas, na iluminação pública e na construção de escolas para ajudar o Estado. Podemos ajudar, mas isso poderia ser feito por meio de convênios com o Estado para reduzir o peso dessas despesas no orçamento das Prefeituras", disse Almeida.
O assessor da pasta disse que vai levar todas as reivindicações dos prefeitos ao governador Geraldo Alckmin e afirmou que São Paulo tem hoje uma das melhores polícias do mundo e que forma anualmente cerca de 2 mil novos homens para trabalhar nas ruas do Estado.
"Sabemos que existe um déficit de policiais, mas isso não será resolvido rapidamente", afirmou. "Temos feito investimentos muito altos na área da Segurança Pública".