A fabricante de calçados Alpargatas, dona da marca Havaianas, registrou prejuízo líquido normalizado de R$ 43,4 milhões no segundo trimestre desse ano, revertendo a cifra positiva de R$ 63,3 milhões reportada no mesmo intervalo do ano passado.
O prejuízo líquido consolidado no período foi de R$ 53,1 milhões ante lucro de R$ 48,2 milhões um ano antes. O prejuízo líquido normalizado de Havaianas foi de R$ 37 milhões contra lucro de R$ 113,5 milhões no segundo trimestre de 2022.
No trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado da Alpargatas ficou em R$ 4,8 milhões, queda de 97,3% frente um ano antes, e margem de 0,5%, com recuo de 16,2 pontos porcentuais na mesma base de comparação.
A receita líquida somou R$ 926,4 milhões no período, queda anual de 12,7%. Segundo a companhia, "a queda de 20,8% nos volumes vendidos foi a principal causa dessa variação".
O resultado financeiro líquido foi R$ 32,8 milhões negativos, um aumento de 385,1% na comparação anual. O aumento das despesas financeiras é explicado pela maior alavancagem e pelo aumento do CDI impactando o custo-médio da dívida.
A companhia encerrou o período com posição financeira líquida negativa de R$ 925,6 milhões, representando redução de R$ 35,4 milhões em relação ao primeiro trimestre do ano. Para a companhia, foi "uma importante desaceleração no consumo de caixa em relação aos R$ 277,9 milhões negativos do intervalo entre janeiro e março sobre o quarto trimestre de 2022". A melhoria, segundo a Alpargatas, deve-se principalmente à variação de capital de giro e outros, de R$ 74,4 milhões, e ao menor Capex no período, de R$ 96,1 milhões.
A companhia fechou o trimestre com dívida líquida de R$ 925,6 milhões e a alavancagem, medida pela dívida líquida por Ebitda normalizado, em 2,3 vez.