A alta de 1,0% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi o primeiro registro de crescimento, nessa base de comparação, após quatro quedas seguidas, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com um ano antes, a formação bruta de capital fixo, que saltou 17,0%, registrou a maior alta desde o segundo trimestre de 2010, quando a economia se recuperava fortemente da crise financeira global de 2008, e os investimentos saltaram 22,9% sobre o segundo trimestre de 2009.
Já a alta de 3,0% no PIB da indústria sobre o primeiro trimestre de 2020 foi a maior variação desde o primeiro trimestre de 2014. Naquela ocasião, pico da atividade antes de a economia entrar numa recessão que duraria até o quarto trimestre de 2016, o PIB industrial avançou 3,9%.
Também no lado dos desempenhos positivos, as importações, que cresceram 7,7% sobre o primeiro trimestre de 2020, tiveram a maior alta desde o terceiro trimestre de 2018, quando avançaram 13,2% sobre igual trimestre de 2017.
Por outro lado, a queda de 1,7% no consumo das famílias na comparação com os três primeiros meses de 2020 foi a quinta seguida nessa base de comparação. A mesma sequência de quedas foi registrada no PIB de serviços, que caiu 0,8% ante o primeiro trimestre do ano passado.
Já o consumo do governo, com o tombo de 4,9% em relação ao primeiro trimestre de 2020, registrou o décimo trimestre seguido de queda na comparação com um ano antes.