"Eu costumava organizar os grandes pedidos para o final de setembro ou começo de outubro, mas desde o final de julho eu já precisei renovar o estoque e aumentar a produção por causa da grande procura", afirmou o vendedor de sorvetes, Evandro Machado.
No calçadão da rua Dom Pedro II, no Centro, o movimento é intenso e é possível notar que junto com as compras nas diversas lojas do local, está também uma grande procura por complementos que aliviem o calor. "Não tem como a gente andar pela cidade com esse calor todo sem apelar por um sorvete e por muita água", afirmou a recepcionista Bruna da Silva.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (ABIS), por ano são produzidos no Brasil mais de 1.117 milhões de litros de picolés e sorvetes, sendo que mais de 70% do total é consumido durante o verão. No entanto, com este calor atípico a produção tende a aumentar neste ano. "A procura é tanta que já ultrapassei as 500 unidades somente hoje", ressaltou Gomes dos Santos, um dos inúmeros vendedores de sorvete do calçadão.
Além disso, o "verão antecipado" fez com que muitas pessoas mudassem a sua rotina tentando se adequar ao calor fora de época. Desta forma vestidos, saias e bermudas que só sairiam do guarda-roupa daqui a alguns meses, neste ano foram retirados mais cedo para aliviar o clima quente presenciado.
