Estadão

Aluno desmaia enquanto Milei discursa em escola; mais um?, questiona presidente argentino

Dois estudantes da escola Cardenal Copello, em Buenos Aires, na Argentina, desmaiaram nesta quarta-feira, 6, enquanto Javier Milei fazia um discurso direcionado aos alunos. O presidente argentino, que fazia uma visita à instituição na qual estudou, reagiu aos desmaios culpando a esquerda, em tom sarcástico.

Durante sua apresentação, o mandatário relembrou sua experiência na escola, na década de 1970, e citou um professor "bastante canhoto" (esquerdista), quando uma aluna que o acompanhava no palco desmaiou. "Nosso médico, deixe nosso médico vir", disse o presidente, e a jovem recebeu assistência médica da equipe que acompanha a comitiva do presidente. Quando ela se recuperou, Milei declarou: "como viram, mencionar os comunistas é tão perigoso que gera problemas sempre".

Em outro momento do discurso, o ultradireitista se referiu a sua presença no Fórum Econômico de Davos, no mês passado. "Há muita gente que é socialista sem saber. É por isso que foi tão chocante porque eu me levantei em Davos e quase disse a eles vocês são todos esquerdistas ", declarava o presidente argentino quando quase imediatamente outro estudante parado ao seu lado também desmaiou.

O aluno, que estava pálido e parecia estar desconfortável, inicialmente se desequilibra e depois cai de joelhos. A irmã do presidente argentino, Karina Milei, presta ajuda ao estudante. "Mais um?", questionou Milei. "E sim, eu os cito e eles são infalíveis", disse em referência aos esquerdistas. "Juro que não os menciono mais". De acordo com o <i>La Nacion</i>, a transmissão ao vivo do evento foi encerrada em seguida.

Javier e Karina Milei foram à escola Cardenal Copello, no bairro portenho de Villa Devoto, para dar início às atividades do ano letivo da instituição, na qual ambos estudaram quando crianças. Em sua fala, marcada pela descontração, Milei recomendou que os alunos fossem à biblioteca e lessem "sobre os dois lados", em referência ao contexto político, e insistiu que quer fechar o Banco Central, fazendo uma comparação para criticar administrações anteriores. "Como eles se sentiriam se seus avós se enfurecessem e rejeitassem a lei?", questionou. (Com informações de Associated Press).

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