Nesta terça-feira (24) estudantes do campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) entraram em greve a principal reivindicação seria a interrupção da linha gratuita de transporte entre o metrô Carrão e a unidade.
Durante uma reunião 393 pessoas presente votaram a favor da paralisação, enquanto 282 foram contra. A reitoria afirmou que mantém um dialogo aberto com os alunos e que a normalização dependerá dos estudantes.
Em resposta aos questionamentos do GuarulhosWeb a Universidade Federal de São Paulo informou que, durante a semana de paralisação das aulas, buscou estabelecer um diálogo com os estudantes para tentar compreender as demandas.
Ainda segundo a universidade o convênio da Ponte Orca – trajeto dos ônibus – era temporário (de 06/09/2012 a 05/09/2014), segundo a universidade a melhoria do transporte público sempre foi o tema que motivou os movimentos da greve dos estudantes em 2012. Portanto segundo resposta, não houve interrupção do convênio, simplesmente porque o mesmo terminou. A EMTU só aceitou renovar, nos mesmos termos e valores, por mais 4 meses (de 06/09/2014 a 06/01/2015). Antes disso, a empresa já havia comunicado proposta comercial com reajuste de quase 15%. Apresentamos também a proposta de criação de uma linha de ônibus especial (a exemplo da USP/Vila Madalena), saindo de uma das estações de metrô em direção à unidade provisória do campus, que atendesse a toda a população, com pagamento de tarifa, sendo a tarifa dos estudantes coberta pela Unifesp/MEC. Tal proposta não foi aceita pela empresa.
A Universidade completou dizendo que com a política que concede o novo passe estudantil estadual, tornou-se ainda mais difícil justificar a manutenção de um transporte exclusivo e paralelo ao sistema de transporte público. Mesmo considerando o critério socioeconômico, onde a grande maioria dos estudantes do campus Guarulhos terá direito à gratuidade no transporte, segundo o levantamento socioeconômico realizado pela PRAE. O prazo para a implantação do novo passe estudantil estadual é dia 26/03, mas se dizem cientes de que alguns estudantes já obtiveram o benefício. A Universidade aconselha que o quanto antes o benefício for solicitado, mais cedo ele estará disponível ao estudante.
Com a participação de alunos e representantes da universidade diversas gestões junto à EMTU, foram realizadas. Com isso, a EMTU assumiu o compromisso de atender a demanda da universidade com estudos para a implantação de horários expressos e, considerando que a oferta de transporte no Centro de Guarulhos é superior à situação no bairro dos Pimentas, a UNIFESP teria encaminhado à EMTU, com o apoio da Secretaria Municipal de Transportes de Guarulhos, um pedido para criação de linha expressa que faça a ligação entre o Terminal de Ônibus do Pimentas e as estações de Metrô. Trata-se de uma etapa importante da preparação do retorno da EFLCH ao seu campus próprio.
Para completar a UNIFESP explicou que entende a reivindicação dos alunos e procura resolver o problema dos alunos que tem dificuldade de acesso ao campus juntos aos órgãos competentes o mais breve possível.
Até a tarde desta quinta-feira (26) a paralisação continua.


