Educação

Alunos de escola no Taboão protestam após suposta morte por meningite

Pais de estudantes reclamam da falta de informações por parte da Secretaria de Saúde

Cerca de 700 alunos da Escola Estadual Professora Maria Angélica Soave, no Taboão, promoveram uma manifestação na manhã desta quinta-feira por conta de um suposto surto de meningite, que teria levado a óbito um aluno, no último dia 9, e deixado outros dois internados com suspeita da doença.

De acordo com os familiares do menino morto, ele teria apresentado sintomas da doença por 18 dias quando depois veio a falecer. A explicação dada no hospital, foi a de que o menino, que se chamava Igor, teria tido um trauma na cabeça que acabou evoluindo para um quadro de meningite. No entanto, a real causa da morte está sendo estudada.

Os estudantes se recusaram a entrar na escola e pressionaram a direção para que o local fosse lacrado até que a Secretaria Municipal da Saúde apresentasse uma solução para o problema, no entanto, os pais teriam sido comunicados que um funcionário da secretaria faria plantão na escola para que qualquer caso fosse rapidamente encaminhado ao hospital.

Diante de pais e alunos, o secretário Carlos Derman desmentiu a existência de um surto."Não há surto de meningite nessa região. De fato, tivemos um aluno que veio a falecer com sintomas da doença, mas essa não foi a causa de sua morte. Além disso, o período em que ele teve contato com os demais estudantes não foi suficiente para uma contaminação", esclareceu Derman. "É preciso ter cuidado com os boatos para não se espalhar o pânico", acrescentou o secretário.

A demora no esclarecimento do caso por parte da secretaria levou os pais ao desespero. Muitos afirmaram que não deixarão os filhos freqüentarem as aulas até que sejam disponibilizadas vacinas ou dedetização do local. "Nem mesmo o Conselho Tutelar fará com que eu mande meus filhos para a escola. Temos várias suspeitas da doença aqui no bairro", disse Lucineide Maria dos Santos.

De acordo o secretário as reivindicações estão descartadas, uma vez que a vacina contra meningite somente preveniria um tipo da doença. "Também não se justifica o fechamento da escola para dedetização, porque o vírus da meningite não sobrevive fora do corpo humano", explicou.

Vamos acompanhar qualquer suspeita da doença na escola. "Dessa forma, caso seja constatado qualquer sintoma, o aluno poderá ser encaminhado rapidamente ao hospital", disse Derman. A Secretaria Estadual de Saúde disse que o problema é de competência exclusiva da Prefeitura de Guarulhos.

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