Por volta das 15h, cerca de 400 professores sindicalizados da Apeoesp, militantes de movimentos sociais e estudantes se reuniram na Praça Roosevelt, na região central da cidade, para comemorar o adiamento da reorganização escolar anunciado por Alckmin e a demissão do secretário de educação.
Um grupo de músicos de escolas de samba animou o ato. De cima de um trio elétrico do sindicato, a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, cobrou que o governo estadual publique a revogação da medida no Diário Oficial. Em assembleia, os presentes votaram pela realização de um ato na próxima quinta-feira, 10, na Avenida Paulista.
A presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Ângela Meyer, disse que o governo Alckmin sofreu uma “derrota do movimento estudantil”.
“Os estudantes tomaram a luta para si. A gente não foi ouvido e por isso decidiu radicalizar. Ocupamos mais de 200 escolas para dizer que sem democracia a gente não ia aceitar”, afirmou.
A militante disse que os estudantes vão participar de cada audiência pública e reunião para debater as novas propostas da gestão estadual para as escolas. Segundo Ângela, o “primeiro passo foi dado”, em referência à demissão do secretário de Educação.
“Não vamos parar por aqui. Dia 10 tem ato e a gente ainda não sabe se vai desocupar as escolas”.
A Guarda Civil Metropolitana chegou a apreender dois estudantes, um de 16 anos e outro de 21, alegando porte de maconha, por volta das 16h. Os guardas disseram que os jovens seriam levados ao 4° Distrito Policial, mas após pressão dos estudantes do ato, que barraram a passagem da viatura, e do setor jurídico da Apeoesp, que negociou a soltura, a GCM anotou o nome dos dois envolvidos e os liberou.