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Alunos e servidores da USP participam de ato em SP

Alunos, professores e servidores da Universidade de São Paulo (USP) iniciaram um ato que se concentrava desde às 10h desta quarta-feira, 3, em frente à Faculdade da Educação (Feusp), na Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste da capital paulista. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas participam da manifestação. Elas seguirão a pé para o Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central, onde encontrarão estudantes das outras duas universidades estaduais de São Paulo, Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A greve dessas instituições atingiu 100 dias de duração.

O grupo protesta contra o Plano de Demissão Voluntária (PDV) anunciado nesta terça-feira, 2, pelo Conselho Universitário da USP, estratégia que busca reequilibrar o orçamento da instituição. Há também protestos contra a desvinculação do Hospital Universitário (HU).

“O problema não é só salarial, é um processo de desmonte da universidade”, criticou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho, que considerou que o plano levará a universidade ao “caos”.

Sobre os mais de três meses de paralisação, o diretor do sindicato considerou que não houve nenhum diálogo por parte do reitor Marco Antonio Zago. “Sem dúvida, a USP é prejudicada pela greve, mas nós estamos lutando contra o sucateamento da universidade”, disse.

Os manifestantes seguirão, à tarde, para uma reunião do Conselho de Reitores da USP, da Unicamp e da Unesp (Cruesp) e com o Fórum das Seis, que agrupa os sindicatos de professores e servidores, que vai avaliar o reajuste de 5,2% aprovado pelo conselho e o PDV.

O reajuste também será avaliado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “O tribunal tem dito que pelo menos a inflação do ano retroativa a maio (data base da categoria) tem que ser dada. Se os desembargadores forem coerentes, deverão dar a inflação”, argumentou Carvalho, que disse que o reajuste dado pelo conselho não atinge o aumento dos preços no período.

A servidora Rita Donnangelo, de 49 anos, esteve na Feusp desde o início da concentração e afirmou que vai marchar. “Achei as decisões (do conselho) horríveis. Abre brecha para fazer o desmonte da universidade”, criticou, vestida de palhaço com uma peruca e um nariz vermelho de plástico.

Entre os cartazes, havia textos como “Zago, o reitor do diálogo…com o governador” e “100 dias, 100 negociação, 100 respeito, 100 arrego”.

Alunos e servidores da USP fazem ato contra PDV em SP

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