Economia

Alunos entregam chaves e desocupam 2 escolas em Sorocaba

Estudantes desocuparam nesta quarta-feira, 2, mais duas escolas de Sorocaba, interior de São Paulo, que tinham sido tomadas pelos alunos em protesto contra a reorganização escolar do governo estadual. Os dois estabelecimentos – E.E. Elza Salvestro Bonilha, no Jardim Itanguá, e E.E. Professor Antônio Cordeiro, no Parque das Laranjeiras – estavam entre as 21 unidades com liminar de desocupação dada pela Justiça.

No primeiro caso, os estudantes saíram antes do amanhecer e entregaram as chaves para o caseiro. Na Antônio Cordeiro, os ocupantes esperaram a chegada da diretora e comunicaram a decisão de sair da escola.

Duas outras escolas já haviam sido desocupadas, a Guiomar Camolesi Souza e a Mário Guilherme Notari. Também tomada pelos alunos, a E.E. Professor Genésio Machado ainda não tem liminar para desocupação.

Havia a expectativa de que outras escolas fossem liberadas pelos alunos, nesta quarta-feira, antes da desocupação forçada. Até a tarde, a Polícia Militar não havia sido mobilizada para apoiar a retirada dos alunos, conforme a determinação da Justiça.

Protesto

Cerca de 50 alunos da Escola Estadual Professor Ely de Almeida Campos, de Campinas, saíram em marcha contra a reorganização escolar, na manhã desta quarta-feira e entraram em confronto com motoristas. O grupo bloqueava uma das pistas da avenida John Boyd Dunlop quando os carros avançaram sobre os estudantes. Uma garota chegou a ser atingida, mas não sofreu ferimentos.

Em Limeira, cidade da mesma região, um grupo de alunos do ensino médio ocupou a Escola Estadual Professor Ely de Almeida Campos, no centro, nesta quarta. É a primeira ocupação na cidade contra a reorganização escolar. As aulas foram suspensas.

Em Cachoeira Paulista, estudantes comemoraram a decisão da Secretaria Estadual de Educação de suspender o fechamento da Escola Estadual João Bastos Soares. Pelo projeto, o prédio seria transformado em creche.

De acordo com a Diretoria Regional de Ensino, a decisão foi tomada após análise das condições de acesso à Escola Padre Juca, para onde os alunos seriam transferidos. O prédio fica na zona rural e o percurso tem pouca iluminação durante a noite.

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